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“O amor aos livros me trouxe até aqui”. Foi com essa frase marcante que a jornalista e escritora caratinguense Miriam Leitão, celebrou sua posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), na noite do dia 8 de agosto, na sede da instituição, no Rio de Janeiro. A cerimônia reuniu acadêmicos, grandes nomes do jornalismo, colegas de profissão, familiares e amigos.
A nova imortal estudou no Colégio Caratinga – instituição que deu origem à Rede de Ensino Doctum – e tornou-se a segunda ex-aluna a integrar o seleto grupo dos 40 membros da Casa de Machado de Assis. O primeiro foi o escritor e jornalista Ruy Castro, ocupante da Cadeira 13, que fez a entrega do diploma à Miriam. Para a Doctum, é motivo de orgulho ver uma ex-aluna conquistar um espaço tão relevante para a literatura e a cultura brasileira.
Miriam entrou no Salão Nobre acompanhada das acadêmicas Fernanda Montenegro, Rosiska Darcy e Lilia Schwarcz.
O discurso de recepção foi realizado pelo acadêmico Antonio Carlos Secchin, e o colar, entregue pela acadêmica Ana Maria Machado.
Em 128 anos de história, Miriam é a 12ª mulher a ocupar uma cadeira na ABL. Eleita em 30 de abril, venceu o ex-ministro Cristovam Buarque por 20 votos a 14. A jornalista ocupou a Cadeira 7, que ficou vaga após a morte do cineasta e acadêmico Cacá Diegues, em fevereiro deste ano, sendo também a segunda mulher a ocupar essa mesma cadeira. Durante o discurso, destacou a presença feminina na literatura.
“Entre o dia em que uma mulher assumiu a Cadeira 7 pela primeira vez, em 1981, e hoje, em que a segunda mulher toma posse na mesma cadeira, passaram-se 44 anos, quatro meses e um dia. É muito longo o tempo que pedem de nós. A literatura feita por mulheres no Brasil é vasta, competente, sensível, culta, poética, épica, lúdica. Eu reverencio todas as mulheres escritoras do Brasil. Nossa obra coletiva é imortal”.
Com a posse, a ABL passa a ter cinco mulheres entre seus integrantes. Para o presidente da instituição, jornalista Merval Pereira, Miriam tem todas as qualificações para integrar a Academia.
“Não é apenas uma especialista em economia, tem um espectro muito amplo de interesses: causa indígena, dos negros, e aqui estamos na mesma sintonia. Além disso, é feminina e feminista. Estamos precisando aumentar nossa representação feminina e Miriam vem em boa hora.”
Miriam também ressaltou que todos os acadêmicos compartilham do mesmo amor: o livro. Para ela, não se trata de guardar essa paixão apenas para si, mas de inspirar outras pessoas.
“Nós nos reconhecemos como parte da mesma irmandade. Trocamos história, falamos da última descoberta. Lembramos com carinho da primeira vez, contamos sobre os velhos prazeres com obras que estão nas nossas estantes. Nada nos sacia, porque há outros a conhecer e tantos estão sendo escritos. O livro é o centro da Casa de Machado de Assis e é o centro das nossas vidas. É o nosso amor da vida inteira e isso nos une para sempre. Hoje no Rio de Janeiro, na Capital Mundial do Livro de 2025, eu, Miriam Leitão, me sinto em glória”.
A escritora exaltou o papel histórico da ABL na defesa do livro e da língua portuguesa e agradeceu pela generosidade, acolhida e conselhos que recebeu. Disse ainda que, junto à alegria da eleição, veio o senso da responsabilidade e o compromisso de se dedicar à instituição nos próximos anos.
Reverenciou os acadêmicos que a antecederam e afirmou que a Academia deve ser um espaço de pluralidade, representando um Brasil diverso – negro, branco, indígena, multilíngue – construído por homens e mulheres das mais diversas origens e regiões.
“Somos as guardiãs e os guardiões de uma história, mas reconhecemos também que nova história vem sendo escrita a cada dia por pessoas de todos os recantos e origens. E o nome da nova ordem é inclusão! Momento decisivo da história em que temos a chance, o privilégio e o dever de moldar a face do futuro. Ela só será brasileira se for como somos realmente: o povo dos muitos povos”.
Nascida em Caratinga, em 1953, Míriam tem uma carreira consolidada no jornalismo. Iniciou sua trajetória profissional em Vitória, no Espírito Santo, e passou por veículos como Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil, Veja e o O Estado de S. Paulo. Atualmente, é colunista de O GLOBO, comentarista do Bom Dia Brasil, GloboNews, CBN e âncora do programa de entrevistas Míriam Leitão GloboNews.
Pioneira ao tornar a cobertura de economia mais acessível ao grande público, é autora de 16 livros publicados de diferentes gêneros – não ficção, crônicas, romance e literatura infantil.
Atuante no jornal impresso, rádio, TV e mídia digital, venceu duas vezes o Prêmio Jabuti. Seu romance “Tempos extremos”, que entrelaça a ditadura militar e a escravidão, foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2015.
Créditos imagens: Academia Brasileira de Letras e Pedro Leitão
“O amor aos livros me trouxe até aqui”. Foi com essa frase marcante que a jornalista e escritora caratinguense Miriam Leitão, celebrou sua posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), na noite do dia 8 de agosto, na sede da instituição, no Rio de Janeiro. A cerimônia reuniu acadêmicos, grandes nomes do jornalismo, colegas de profissão, familiares e amigos.
A nova imortal estudou no Colégio Caratinga – instituição que deu origem à Rede de Ensino Doctum – e tornou-se a segunda ex-aluna a integrar o seleto grupo dos 40 membros da Casa de Machado de Assis. O primeiro foi o escritor e jornalista Ruy Castro, ocupante da Cadeira 13, que fez a entrega do diploma à Miriam. Para a Doctum, é motivo de orgulho ver uma ex-aluna conquistar um espaço tão relevante para a literatura e a cultura brasileira.
Miriam entrou no Salão Nobre acompanhada das acadêmicas Fernanda Montenegro, Rosiska Darcy e Lilia Schwarcz.
O discurso de recepção foi realizado pelo acadêmico Antonio Carlos Secchin, e o colar, entregue pela acadêmica Ana Maria Machado.
Em 128 anos de história, Miriam é a 12ª mulher a ocupar uma cadeira na ABL. Eleita em 30 de abril, venceu o ex-ministro Cristovam Buarque por 20 votos a 14. A jornalista ocupou a Cadeira 7, que ficou vaga após a morte do cineasta e acadêmico Cacá Diegues, em fevereiro deste ano, sendo também a segunda mulher a ocupar essa mesma cadeira. Durante o discurso, destacou a presença feminina na literatura.
“Entre o dia em que uma mulher assumiu a Cadeira 7 pela primeira vez, em 1981, e hoje, em que a segunda mulher toma posse na mesma cadeira, passaram-se 44 anos, quatro meses e um dia. É muito longo o tempo que pedem de nós. A literatura feita por mulheres no Brasil é vasta, competente, sensível, culta, poética, épica, lúdica. Eu reverencio todas as mulheres escritoras do Brasil. Nossa obra coletiva é imortal”.
Com a posse, a ABL passa a ter cinco mulheres entre seus integrantes. Para o presidente da instituição, jornalista Merval Pereira, Miriam tem todas as qualificações para integrar a Academia.
“Não é apenas uma especialista em economia, tem um espectro muito amplo de interesses: causa indígena, dos negros, e aqui estamos na mesma sintonia. Além disso, é feminina e feminista. Estamos precisando aumentar nossa representação feminina e Miriam vem em boa hora.”
Miriam também ressaltou que todos os acadêmicos compartilham do mesmo amor: o livro. Para ela, não se trata de guardar essa paixão apenas para si, mas de inspirar outras pessoas.
“Nós nos reconhecemos como parte da mesma irmandade. Trocamos história, falamos da última descoberta. Lembramos com carinho da primeira vez, contamos sobre os velhos prazeres com obras que estão nas nossas estantes. Nada nos sacia, porque há outros a conhecer e tantos estão sendo escritos. O livro é o centro da Casa de Machado de Assis e é o centro das nossas vidas. É o nosso amor da vida inteira e isso nos une para sempre. Hoje no Rio de Janeiro, na Capital Mundial do Livro de 2025, eu, Miriam Leitão, me sinto em glória”.
A escritora exaltou o papel histórico da ABL na defesa do livro e da língua portuguesa e agradeceu pela generosidade, acolhida e conselhos que recebeu. Disse ainda que, junto à alegria da eleição, veio o senso da responsabilidade e o compromisso de se dedicar à instituição nos próximos anos.
Reverenciou os acadêmicos que a antecederam e afirmou que a Academia deve ser um espaço de pluralidade, representando um Brasil diverso – negro, branco, indígena, multilíngue – construído por homens e mulheres das mais diversas origens e regiões.
“Somos as guardiãs e os guardiões de uma história, mas reconhecemos também que nova história vem sendo escrita a cada dia por pessoas de todos os recantos e origens. E o nome da nova ordem é inclusão! Momento decisivo da história em que temos a chance, o privilégio e o dever de moldar a face do futuro. Ela só será brasileira se for como somos realmente: o povo dos muitos povos”.
Nascida em Caratinga, em 1953, Míriam tem uma carreira consolidada no jornalismo. Iniciou sua trajetória profissional em Vitória, no Espírito Santo, e passou por veículos como Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil, Veja e o O Estado de S. Paulo. Atualmente, é colunista de O GLOBO, comentarista do Bom Dia Brasil, GloboNews, CBN e âncora do programa de entrevistas Míriam Leitão GloboNews.
Pioneira ao tornar a cobertura de economia mais acessível ao grande público, é autora de 16 livros publicados de diferentes gêneros – não ficção, crônicas, romance e literatura infantil.
Atuante no jornal impresso, rádio, TV e mídia digital, venceu duas vezes o Prêmio Jabuti. Seu romance “Tempos extremos”, que entrelaça a ditadura militar e a escravidão, foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2015.
Créditos imagens: Academia Brasileira de Letras e Pedro Leitão
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